Já havíamos dito alguma vez que elas conquistaram o reino swati, apesar de não terem participado na tradicional dança denominada Umhlanga, onde o monarca selecciona as donzelas que agregam ao irracional número de esposas para o seu leito conjugal.
Contudo, as internacionais moçambicanas, nomeadamente Lónika Vasco, Daniel Cidália (Ninica) e Inês Celestino (Chinguleza) entraram para a história ao sagrarem-se campeãs pelo Young Buffaloes, emblema que milita no Women Football League (WFL), liga feminina do Eswatini, após vencerem no último sábado, por 2-0, a equipa do AS Interladies, no desfecho da 22ª jornada da competição.
Ainda ontem, o trio moçambicano voltou a entrar em cena e trucidou a turma do Happy Girls, por 22-0, em jogo de acerto de calendário. Na goleada, Ninica foi uma das melhores unidades em campo, tendo facturado nove golos (9), enquanto Lónika deixou a sua marca com dois tentos.
As comandadas de Fisiwe Hlophe terminaram a competição com um total de 72 pontos e um registo notável de 220 golos marcados e nenhum sofrido! É obra.
Com o título garantido, a equipa das internacionais moçambicanas participará nas eliminatórias da segunda edição da Liga dos Campeões Africanos em futebol feminino, que este ano voltará a realizar-se na vizinha África do Sul numa data por se indicar. Ninica e Chingueleze irão cruzar com a sua antiga equipa, Costa do Sol, representante moçambicano que também marcará a sua presença, depois de ter falhado no ano passado.
Este é o primeiro título internacional a ser conquistado por moçambicanas que evoluem no estrangeiro, numa altura em que o futebol feminino vem conquistando o seu espaço e atraindo um grande número de mulheres que têm quebrado as barreiras do preconceito.
Nesta caminhada, a “artilheira” Ninica Cuta, filha do ex-Mamba Danito Cuta, deu o seu inestimável contributo com um total de 37 golos marcados em 12 jogos. Por sua vez, Lónika e Chingueleza, compatriotas e colegas de equipa, têm o registo de 16 e 10 golos, respectivamente, numa lista de “artilheiras” liderada por Celiwe Nkambule, com 57 remates certeiros em 16 jogos.
A equipa do Exército terminou a primeira volta sem ter perdido nenhum jogo, revelando ter o melhor ataque, com 372 golos marcados. Os Young Buffaloes contribuíram com 116 golos, o que representava na altura 31% do número total de golos.
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