O Maxaquene desceu de divisão em 2019, quando já dava sinais de fragilidade na sua estrutura. Porém, pela sua grandeza, os desportistas, entre os seus afeiçoados, vaticinavam que a equipa retornaria da “segundona” por um curto período. No entanto, os “tricolores” não puderam disputar o Campeonato da II Divisão no ano seguinte (2020), devido à eclosão da Covid-19, que também condicionou a realização da prova de 2021, ano em que o futebol movimentou apenas o Moçambola, uma prova prenhe de restrições devido à epidemia. Essas restrições, lembre-se, afectaram o tecido económico do mundo, e Moçambique não ficou alheio às consequências.
A divisão secundária “saudou” o “gigante” Maxaquene, que de vários títulos conquistados na sua história, na retoma das actividades desportivas em 2022, altura em que os “tricolores” estavam reduzidos num simples concorrente, com o agravante da sua condição financeira ter ficado mais débil, por falta de apoio das empresas integradoras.

No ano seguinte (2023), o Maxaquene nem tentou esboçar o interesse de retornar ao Moçambola, porque a direcção chefiada por Abraão Muianga percebia que se tal acontecesse complicaria ainda mais a sua situação financeira. “Observámos que não tínhamos estrutura para regressar ao Moçambola. Nessa altura, fui criticado e, inclusive, algumas correntes diziam que eu não era ambicioso”, frisou o presidente dos “tricolores”, que na conversa que se segue fala dos passos dados pela sua colectividade até ao retorno ao Moçambola e a aborda o futuro de forma tímida e cautelosa.


