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“TOUROS” VALENTES NA ADVERSIDADE!

SÉRGIO MACUÁCUA, nosso enviado a Brazzaville

Com duas grandes adversidades que podiam ter colocado tudo a água abaixo, nomeadamente o  piso (sintético) pesado do Estádio Alphonse Massamba-Débat e a expulsão do esteio da defesa, Nené, logo a abrir a segunda parte, a Black Bulls mostrou  por que tem alcunha de “touros”, demonstrando valência e estoicismo em Brazzaville, onde arrancou meritoriammente um nulo frente ao AC Léopards Dolisie, da República do Congo, abrindo boas perspectivas para resolver a eliminatória no sábado, no Tchumene.

Com as duas equipas lançadas em 3-4-3, em Brazzaville, a Black Bulls entrou destemida e foi a primeira a causar calafrios, com Ernani a lançar Fídel em passe longo e em profundidade, com este, já na área, a tentar servir Diallo que foi importunado por um defesa congolês, que aliviou para canto aos três minutos.

Boa entrada da equipa moçambicana, mas que pouco depois fora abafada pelo ímpeto dos congoleses, que trataram de responder logo a seguir (5′), com Moussavou a trabalhar bem pela direita, combinando com Mankou, que lhe devolveu de primeira para um remate ao lado.

Pouco depois, Ernani, na tentativa de servir Fídel para sair a jogar, ofereceu o esférico a Obondo, que endossou para Okongo rematar desenquadrado. Com esses dois lances os congoleses ganharam mais confiança e  subiram no terreno, ameaçando constantemente a baliza dos “touros”. Kapaya, numa bola bombeada para a área após uma jogada de insistência, viu Nené a lhe tirar o pão da boca, ao bloquear o seu remate com selo de golo.

A essas alturas jogava-se mais no meio-campo moçambicano, o que obrigava a Black Bulls a se readaptar, por vezes sacrificando o controlo de bola pelos alívios, sendo que o atacantes dos “touros” passaram a ser feitas em transições rápidas, sobretudo pelos corredores onde Fídel (direita) e Danilo (esquerda) eram muito activos.

Numa dessas transições, Stephen lançou Diallo nas costas dos “centrais” congoleses, com o senegalês da Black Bulls a galgar do centro do terreno até à área, mas falhando a finalização (25′).

A resposta do Léopards veio de Ekongo, que soube explorar as costas desguarnecidas de Fídel, mas já na área de rigor viu o lateral moçambicano a se redimir, aliviando para canto.

Até ao intervalo apenas mais um lance vistoso pertencente aos “leopardos”, com Elengue a centrar e Okana a atirar por cima de cabeça, com Ernani praticamente batido.

O nulo prevaleceu até ao descanso, com os congoleses, sem ser muito dominantes, a terem mais bolas e lances vistosos.

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