O licenciamento de clubes do Moçambola, introduzido em 2014 pela Federação Moçambicana de Futebol (FMF) com vista ao desenvolvimento e profissionalização da modalidade rainha no país, continua problemático por falta de clareza na aplicação de medidas previstas no respectivo regulamento em caso de não cumprimento das regras ou obrigações impostas aos participantes no Campeonato Nacional.
Ao promover o licenciamento de clubes nos países africanos como em Moçambique, onde o processo começou com o Pro-Licenciamento, esta que foi a fase envolvendo regras e medidas mais elementares que regulam a participação no Moçambola, a Federação Internacional de Futebol Associado (FIFA) constatou que o desenvolvimento da modalidade no continente precisa de caminhar a passos largos para no mínimo se aproximar ao nível de outros quadrantes do Mundo, com destaque para a Europa, que é o espelho do desporto-rei.
Portanto, em última análise, o licenciamento veio para promover a profissionalização de clubes africanos e os respectivos campeonatos, bem como a melhoria das condições de infra-estruturas desportivas tendo como finalidade última a qualidade das competições nacionais do continente.
Sensivelmente 10 anos após a sua introdução na principal liga de futebol moçambicano, o Moçambola, prevalecem os problemas mais elementares no que tange ao cumprimento das obrigações, embora entre eles não se possa incluir a estas alturas a questão de infra-estruturas, que foi sendo minimizada com o banimento da realização dos jogos em campos pelados. Esta prerrogativa obriga os clubes sem campos em condições mínimas para o efeito a encontrar alternativas que passam por negociar com outros a utilização dos recintos elegíveis ou aprovados. A qualidade dos campos, entre os de relva natural e sintética utilizados no Moçambola, é outro assunto que não pode entrar na balança atendendo os desafios que as infra-estruturas desportivas e de futebol em particular apresentam. Mas vale a pena lembrar que o Moçambola não é disputado em campos pelados.
