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Guirrugo vai no segundo ano como titular indiscutível e 2. Valério renasceu no Chingale.
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MOÇAMBOLA

LUVAS DE AÇO

Entrámos na 13.ª jornada, ainda que com alguns jogos por realizar, e há vários guarda-redes em crescendo, uns a concorrerem ao prémio de “HCB Melhor Guarda-redes”, mas também sendo determinantes na classificação das suas equipas até ao momento.

Em primeiro lugar destacamos a baliza do Chingale, que aposta, desde o arranque do campeonato, em Valério, cedido pela União Desportiva do Songo.

Com apenas nove sofridos (os últimos cinco no último jogo), a defesa tetense é reconhecidamente das mais organizadas do campeonato, porém é preciso reconhecer que, mais do que isso, a experiência e o talento de Valério têm sido fundamentais para que a baliza “canarinha” de Tete seja menos vezes violada.

Valério defrontou equipas como a Black Bulls, o Ferroviário de Maputo, Baía de Pemba e Songo, que normalmente visam constantemente as balizas contrárias, com selo de golo, e graças às suas intervenções o Chingale não sofreu outros tantos golos como se esperava.

Em segundo lugar temos o Ferroviário de Maputo, que desde a época passada decidiu que José Guirrugo é aquele que dá mais garantias e com ele os “locomotivas” estão efectivamente seguros. Aliás, na época passada o “keeper” foi consagrado o “HCB Melhor Guarda-redes” do campeonato, contribuindo, sobremaneira, para a recuperação da sua equipa na classificação, do último lugar, no final da primeira volta, ao quarto posto. Na presente temporada, Guirrugo continua a demonstrar que tem as “luvas de aço” para impedir que a sua baliza seja violada ao “gosto do freguês”.

Neste momento, os “locomotivas”, com sete  sofridos no Moçambola, têm escalado Guirrugo para todos os jogos do Moçambola.

Não obstante os 13 golos sofridos, Antoninho Muchanga não perde confiança no “quarentão” Joaquim Tsambe. Ou seja, é ele e mais dez em todas as partidas. Lembre-se de que Joaquim foi o melhor guarda-redes da primeira volta do Moçambola-2024, depois de ter começado como suplente de Victor Guambe no Costa do Sol.

Quando foi dispensado dos “canarinhos”, Antoninho Muchanga, que já havia trabalhado com ele em Lichinga, “piscou-lhe o olho”, de novo, e este não se fez de rogado. Aceitou a proposta e até ao momento tem sido um dos elementos mais importantes para que o representante do Niassa tenha até ao momento duas derrota e entre os três primeiros classificados, quando o Moçambola está perto do início da sua segunda etapa.

RESGATE A FRANQUE, IVAN, TEIXEIRA E OUTROS

Importante também foi a atenção prestada pela União Desportiva do Songo ao sub-aproveitamento do Ferroviário da Beira em relação a Júlio Franque, uma vez que os “locomotivas” mantiveram a aposta em Crimildo Melo, o Paizinho, que também foi titular na última fase do campeonato passado, e até aqui tem dado boa conta de si.

Os “hidroeléctricos”, de forma astuta, contrataram Franque na janela de transferências, a meio da época, visto que só tinham disponíveis Ebrima e Horácio Tivane, contratado no princípio do ano, e tendo em conta que estavam com as opções reduzidas por conta da lesão de Germano, mas também porque, a dado momento, surgiram “desinteligência” entre o clube e Ivane, que acabou se transferindo para o Ferroviário de Nacala, que, por seu turno, dispensou os serviços de Dallas, que fez as primeiras partidas da equipa “locomotiva”, de Zainadine Mulungo.

Desde que chegou a Nacala, Ivane Urrubal é titular e seguro, se bem que a equipa tem sofrido alguns golos, circunstâncias que divide as culpas com os colegas do seu sector defensivo, sobretudo.

A Black Bulls, por sua vez, tomou a decisão de “encostar” Ernani Siluane, apesar do  reconhecido valor e por ser quase sempre o número um dos “Mambas”.

Os “touros” têm estado a apostar em Teixeira, um jovem guarda-redes que vinha sendo suplente em épocas anteriores.

Destacam-se os quatro golos sofridos no Songo, mas sem culpa em nenhum deles, porque a equipa esteve francamente mal a defender nessa partida, e tudo indica que já ganhou mais confiança por parte de Hélder Duarte.

Em Pemba, o Baía foi surpreendido pela lesão de Mokas e em seguida foi a vez de Ananias também ficar indisponível, pelas mesmas razões. Foi assim que Neuer, o terceiro guarda-redes, que já vinha treinando desde a época passada com a equipa sénior, foi “lançado às feras”.

Nos primeiros jogos cometeu erros próprios de um inexperiente, mas depois de ganhar coragem e firmeza tem estado a defender a baliza “baiana”, que mesmo com a recuperação de Mokas prefere tê-lo à titular.

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