O processo de actualização dos estatutos da Federação Moçambicana de Futebol (FMF) está a acontecer, com os membros da direcção executiva a tentarem, de forma dolosa, retirar do texto, que será entregue para a votação pelos presidentes das associações provinciais de futebol uma norma que impede que o actual presidente, Feizal Sidat, seja candidato a mais um mandato de quatro anos, quando a instituição for a eleições em 2027.
De acordo com um documento que sintetiza as principais alterações nos novos estatutos que o nosso Jornal teve acesso, a Direcção Executiva da FMF ordenou que fosse retirado do novo texto estatutário a parte que, de forma clara, diz que Feizal Sidat está liminarmente impedido de se apresentar como candidato em 2027.
Recorde-se que os novos estatutos da FMF foram apresentados, discutidos e apreciados em reunião de Direcção Executiva realizada na terça-feira do dia 26 de Agosto, em Maputo.
Os novos estatutos prevêem alterações de fundo no texto que serve de comando legal na entidade que gere o futebol moçambicano, tal o caso de alargar de dois para três o número de mandatos consecutivos que podem ser exercidos pelo presidente de direcção e, ainda, o aumento de 11 para 17 o número de delegados com direito de voto na Assembleia-Geral.
A revisão dos estatutos da FMF visa, antes de mais, responder às recomendações deixadas pela FIFA em 2023, quando os seus representantes assistiram à Assembleia-Geral que elegeu Feizal Sidat para mais um mandato à frente da FMF e que a mesma foi marcada por várias manobras dilatórias para, entre outros, impedir que outros actores do futebol apresentassem as respectivas candidaturas.