A FMF foi chamada a intervir neste imbróglio e na voz do seu secretário-geral, Hilário Madeira, anotou que “a época inicia em Dezembro, mas a competição-mãe só arranca em finais de Março ou Abril. São cerca de 90 dias de pré-época. Portanto, a época não está a ser capitalizada”, disse, referindo que “na região há equipas com o mesmo calendário que o nosso e que fazem sucessos nas competições internacionais, ao contrário de Moçambique. Por outro lado, no actual calendário temos a vantagem de jogar as pré-eliminatórias das Afrotaças, quando as nossas equipas estão mais rodadas e os adversários em pré-época. Pode-se mudar o calendário e nada se vai alterar, ou seja, definir que a temporada inicia em Junho e a competição só arranca em Dezembro vai valer a pena? Não. O problema é, de facto, não explorar na plenitude o período em que vigora a época”.
Madeira disse mais adiante que os clubes devem entender que o país tem sido afectado por intempéries e que estas “são um entrave à competição. As nossas infra-estruturas não são suficientemente preparadas para suster o impacto desses fenómenos naturais. Acredito que se tivéssemos recintos adequados a mudança de calendário não seria evocada como problema”.
Aproveitando a ocasião, o dirigente federativo acrescentou que “no Verão, os jogos são feitos com temperaturas altíssimas, porque não há campos com iluminação. Esse assunto não pode ser deixado de parte”, salientou.