Jornal Desafio
DESTAQUE » MORREU MÁRIO GUERREIRO
FUTEBOL

MORREU MÁRIO GUERREIRO

Morreu ontem Mário Francisco Gomes Guerreiro, ex-presidente da Federação Moçambicana de Futebol (FMF). Segundo fontes próximas do finado, o seu desaparecimento físico ocorreu de forma súbita, sem mal maior que o apoquentasse.

No auge da sua sua carreira, Mário Guerreiro levou a Selecção Nacional ao CAN-96, na África do Sul, e ao CAN-98, em Burkina Faso, com a curiosidade de que os Mambas ficaram cinco anos sem perderem um jogo sequer no Estádio da Machava.

De 78 anos de idade, completados a 6 de Novembro último, Guerreiro nasceu em Mutarara, provincia de Tete, mas cresceu em Sofala, onde iniciou a sua actividade desportiva como guarda-redes dos juniores do Sporting da Beira, com os quais logrou conquistar dois campeonatos provinciais. Num deles, em 1965, os “leoninos” golearam o Desportivo de Lourenço Marques (Maputo), por 7-1.

A tropa colonial fê-lo vir a capital do país, onde filiou-se na Académica, mas não fez nenhum jogo por força da transferência para Quelimane. Aqui jogou pelo Sporting local, por pouco tempo, já que a ofensiva Nó Górdio, do General Spinola, movimentou o “keeper” para o distrito de Morrumbala.

De regresso à capital do país, Guerreiro ingressa no Hrupo Desportivo 1° de Maio, treinado por Martinho de Almeida, última colectividade que representou na qualidade de jogador.

O dirigismo começa a nível estatal, em que ocupou o cargo de Director Geral da Administração do Parque Imobiliária do Estado (APIE), antes de ser vice-presidente do Clube Desportivo Estrela Vermelha de Maputo.

O Maxaquene foi a última colectividade que serviu como dirigente, tendo ocupado o cargo de vice-presidente do Eng° José Viegas para as áreas social e cultural. Os três anos em que ocupou esse cargo foram marcados pela vinda da cantora sul-africana PJ Powers para actuações em Maputo e Beira.

Em 1993, o Clube de Desportos da Maxaquene propõe Mário Guerreiro como candidato à presidência da FMF. Concorre com sucesso, derrotando João Carlos e David Comé, havendo a salientar que este último era candidato à sua própria sucessão.

Mário Guerreiro deixa a presidência da FMF em 1998, nas mãos de Mário Esteves Coluna, o que acontece pouco depois da participação dos Mambas na edição de Burquina Faso da Copa Africana das Nações, não tendo ocupado mais cargos desportivos até à sua morte.

Refira-se que as exéquias fúnebres terã lugar na segunda-feira. O velório será às 11.00 horas, na Capela do Hospital Provincial da Matola, após o que se seguirá a redução dos restos mortais em cinza no Crematório da Comunidade Hindu, no Cemitério de Lhanguene, pelas 14.00 horas.

Artigos relacionados:

Carregando....
Foi fundado no dia 24 de Junho de 1987 como presente da Sociedade do Notícias aos desportistas por ocasião dos 12 anos de Independência Nacional, que se assinalaram nesse mesmo ano.