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RESTOS MORTAIS DE GUERREIRO CREMADOS HOJE NO LHANGUENE

Os restos mortais de Mário Guerreiro, ex-presidente da Federação Moçambicana de Futebol (FMF) entre 1993 e 1998, serão cremados hoje no Cemitério de Lhanguene, mais precisamente no Crematório Hindu, pelas 14.00 horas.

Entretanto, o programa das exéquias de Guerreiro, vítima de morte súbita na sexta-feira, começa com o velório, que vai acontecer pelas 11.00 horas, na Capela do Hospital Provincial de Maputo, na Matola.

De 78 anos de idade, completados a 6 de Novembro último, Guerreiro nasceu em Mutarara,  provincia de Tete, mas cresceu em Sofala, onde iniciou a sua actividade desportiva como guarda-redes dos juniores do Sporting da Beira, com os quais logrou conquistar dois campeonatos provinciais. Num deles, em 1965, os “leoninos” golearam o Desportivo de Lourenço Marques (Maputo) por 7-1.

A tropa colonial fê-lo vir à capital do país, onde se filiou na Académica, mas não fez nenhum jogo por força da transferência para Quelimane. Aqui, jogou pelo Sporting local, por pouco tempo, já que a ofensiva Nó Górdio, comandada pelo General Kaúlza de Arriaga, em 1970, movimentou o “keeper” para o distrito de Morrumbala.

De regresso à capital do país, Guerreiro ingressa no Grupo Desportivo 1.° de Maio, treinado por Martinho de Almeida, última colectividade que representou na qualidade de jogador.

O dirigismo começa a nível estatal, em que ocupou o cargo de Director-Geral da Administração do Parque Imobiliária do Estado (APIE), antes de ser vice-presidente do Clube Desportivo Estrela Vermelha de Maputo.

O Maxaquene foi a última colectividade que serviu como dirigente, tendo ocupado o cargo de vice-presidente do Eng.° José Viegas para as áreas social e cultural. Os três anos em que ocupou esse cargo foram marcados pela vinda da cantora sul-africana PJ Powers para actuações em Maputo e Beira.

Em 1993 o Clube de Desportos da Maxaquene propõe Mário Guerreiro como candidato à presidência da FMF. Concorre com sucesso, derrotando João Carlos e David Comé, havendo a salientar que este último era candidato à sua própria sucessão.

No auge da sua sua carreira, Mário Guerreiro levou a Selecção Nacional ao CAN-96, na África do Sul, e ao CAN-98, em Burkina Faso, com a curiosidade de que os “Mambas” ficaram cinco anos sem perder um jogo sequer no Estádio da Machava.

Mário Guerreiro deixa a presidência da FMF em 1998, nas mãos de Mário Esteves Coluna, o que acontece pouco depois da participação dos “Mambas” na edição de Burkina Faso da Copa Africana das Nações, não tendo ocupado mais cargos desportivos até à sua morte.

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Foi fundado no dia 24 de Junho de 1987 como presente da Sociedade do Notícias aos desportistas por ocasião dos 12 anos de Independência Nacional, que se assinalaram nesse mesmo ano.