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PERDEMOS O CAMPEONATO E A SUBIDA NO “SPRINT” FINAL

Foi por uma “unha negra” que o internacional moçambicano David Malembana não celebrou a conquista da II Liga do Qatar e a promoção à mais importante prova futebolística daquele país árabe. A princípio, tudo levava a crer que o título não iria escapar ao seu Al Kharaitiyat. Nas primeiras dez jornadas esteve imbatível, somando cinco vitórias e igual número de empates. Mas nas últimas quatro averbou três derrotas e um empate, o que precipitou a sua queda do primeiro para terceiro lugar, numa II Liga formada por apenas oito equipas, o que reduz quase em zero a margem de erro.

Fazendo uma análise sobre o que motivou a queda do Al Kharaitiyat, Malembana disse ao desafio que a equipa falhou em momentos que poderia ter fechado o campeonato a seu favor, no final da primeira volta e na ponta final.

“Acho que houve dois momentos-chave na temporada em que perdemos oportunidades de conquistar os três pontos e aumentar a vantagem sobre as equipas que estavam atrás (Al-Markhiya e Al-Sailiya). Um deles foi a última partida da primeira volta, na qual conseguimos apenas um empate. Se tivéssemos vencido, acredito que estaríamos cinco pontos à frente, na liderança”.

“Depois, é claro, perdemos o campeonato nos dois últimos jogos (duas derrotas e um empate nas derradeiras três jornadas). Com apenas 14 partidas na temporada, cada encontro parece uma final”, reage.

Para a derrocada, o experiente “central”, de 1.93 metro, junta o facto de o campeonato ter parado quase um mês, o que veio quebrar o ritmo.

“Não é fácil manter o foco, especialmente quando há períodos de três a quatro semanas sem uma partida oficial. Mas não quero com isso me desculpar. Só que é difícil estar tão perto de ganhar o título e a promoção e perder no final, já que, conforme disse, tivemos a chance de ganhar uma vantagem pontual significativa na primeira volta, mas não aproveitámos. E na recta final não conseguimos garantir os pontos que precisávamos. É uma liga curta, então cada partida importa muito, e um pequeno lapso pode fazer uma grande diferença”, comentou.

SATISFEITO NO CLUBE

Apesar de não ter alcançado o objectivo principal, o ex-jogador do Noah, da Arménia, não esconde a felicidade pela primeira experiência no futebol árabe e manifesta desejo de continuar por mais algum tempo.

“Devo dizer que eu e a minha família estamos muito felizes aqui, tanto no país (Qatar), quanto no clube (Al Kharaitiyat), que fez de tudo para me ajudar a adaptar-me rapidamente não só à cultura, mas também ao clima. Esta é a minha primeira experiência num país árabe e espero, sinceramente, ficar aqui o máximo tempo possível. Não tenho razões de queixas, o clube criou um ambiente excelente que permite que todos os jogadores dêem o seu melhor. Acredito que, apesar de tudo, tivemos uma óptima prestação no campeonato, jogando um bom futebol com uma defesa forte e um ataque sólido”, considerou.

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