As adversidades obrigam-nos sempre a ter um plano “B” ou “ C” , pois ter um único pode nos criar constrangimentos nalgumas situações. Palavras de Junaide Lalgy, presidente da Black Bulls, clube que propõe um modelo alternativo para o Moçambola, com vista a reduzir os custos operacionais, sobretudo na rubrica do transporte aéreo.
O figurino em alusão, que já foi formalmente submetido à Liga Moçambicana de Futebol (LMF), entidade gestora do Campeonato Nacional, para a devida análise, preconiza a organização do Moçambola em duas fases, uma regional e outra nacional, que é a fase final.
Assim, na Zona Sul fariam parte cinco equipas, nomeadamente a Black Bulls, Costa do Sol, Ferroviário de Maputo, Desportivo da Matola e AD Vilankulo. No centro, quatro, designadamente o Ferroviário da Beira, UD Songo, Chingale de Tete e Textáfrica, sendo que no Norte teríamos o Ferroviário de Nampula, Ferroviário de Nacala, Ferroviário de Lichinga, Desportivo de Nacala e Baías de Pemba.
Essas equipas, assim separadas por regiões, jogariam no sistema clássico de todos-contra-todos em duas voltas, apurando-se para a fase nacional três formações nas regiões Sul e Norte e duas no centro.
Ao todo ficariam oito clubes apurados para a fase nacional, que é reservada aos que disputam o título. Essas oito equipas jogariam no sistema de todos-contra-todos em duas voltas para se encontrar o campeão.
As que não avançam para a fase nacional, que seriam duas em cada região, totalizando seis, disputariam o “play-off” de manutenção, também no sistema de todos-contra-todos em duas voltas.
Assim, as três primeiras classificadas permaneceriam no Moçambola e as três últimas ficariam despromovidas.
Segundo a proposta, a disputada da primeira fase duraria dois meses, concretamente seria entre Junho e Julho e compreenderia 44 jogos, com as deslocações a serem feitas por terra.
Já a segunda fase levaria quatro meses, de Agosto até Novembro, comportando 86 jogos, sendo 56 entre equipas que lutam pelo título e 30 entre as formações que se batem pela manutenção.
No global, seriam 130 jogos no novo figurino, contra os 182 no modelo vigente, que compreende 26 jornadas.
O Moçambola duraria seis meses, entre Junho e Novembro para o caso deste ano, podendo ser recalendarizado nas edições seguintes.
