NARCISO NHACILA, em Abidjan
Inicia hoje a disputa da 29.ª edição do Afrobasket sénior feminino em Abidjan, Costa do Marfim, com a Selecção Nacional a entrar em acção amanhã, às 20.00 horas, defrontando o Ruanda.
E vale dizer que há muito por conquistar por cada uma das 12 selecções participantes, desde o título de campeão de África, que imortaliza todos os integrantes da equipa vencedora, e a qualificação para o Campeonato do Mundo da FIBA de 2026, a disputar-se na Alemanha.
Mas há mais por conquistar, nomeadamente as outras três vagas ocupadas por quem chegar às meias-finais que, por sua vez, apuram à segunda janela de acesso aos torneios intercontinentais de qualificação, também, para o “Mundial” do próximo ano.
E é neste quadro de grandes objectivos desportivos que a capital marfinesa, Abidjan, acolhe de hoje até domingo da próxima semana, 3 de Agosto, este Afrobasket, que promete ser bastante competitivo.
Pela quarta vez desde a primeira utilização em 2019, no Senegal, o sistema de competição mantém as possibilidades de que pode ser campeão qualquer das selecções participantes, mesmo depois do final da primeira fase, a de grupos.
Depois de usado pela primeira vez no Senegal-2019, o modelo competitivo do Afrobasket prosseguiu nos Camarões-2021 e consolidou-se no Ruanda-2023, continuando, agora, na Costa do Marfim.
QUATRO GRUPOS
DE TRÊS EQUIPAS CADA
Até ao Afrobasket do Mali-2017 as 12 selecções participantes eram divididas, na primeira fase, em dois grupos de seis cada, jogando entre si no sistema de todos-contra-todos em uma única volta, num total de cinco jogos por equipa.
As quatro primeiras classificadas apuravam-se aos quartos-de-final, mantendo-se em prova, enquanto em sentido inverso as duas últimas eram afastadas da luta pelo título, ficando a jogar entre si, no sistema cruzado, para a definição do 9.º ao 12.º lugar.
Esse modelo foi alterado pela FIBA-África desde a edição do Senegal-2019, onde, pela primeira vez, foram instituídos quatro grupos de três selecções cada. O número de jogos na primeira fase baixou de cinco para dois, pois as equipas jogavam entre si uma vez.
Neste modelo, enquanto o vencedor de cada grupo se apura directamente aos quartos-de-final, o segundo e terceiro classificados continuam em prova e fazem uma eliminatória de jogo único de acesso aos “quartos”.
De acordo com este modelo, as equipas dos Grupos “A” (Costa do Marfim, Angola e Egipto) e “B” (Mali, Camarões e Sudão do Sul) jogam entre si.
O mesmo acontecendo entre as equipas dos Grupos “C” (Senegal, Guiné-Conacri e Uganda) e “D” (Nigéria, Moçambique e Ruanda).
Ou seja, o segundo classificado do Grupo “A” joga com o terceiro do Grupo “C”, e, em sentido inverso, o segundo classificado do Grupo “B” joga com o terceiro do Grupo “A”.
Acto seguinte, quem terminar a primeira fase em segundo lugar no Grupo “C” joga o acesso aos quartos-de-final com quem ocupar o terceiro lugar no Grupo “D”, de onde o seu segundo classificado terá pela frente o terceiro daquele.
Já nos “quartos”, o vencedor do Grupo “A” joga com quem ganhar a eliminatória entre o segundo do Grupo “C” com o terceiro do Grupo “D”.
O vencedor do Grupo “B” terá como adversário nos “quartos” quem sair-se bem no embate entre o segundo do Grupo “D” com o terceiro do Grupo “C”.
O apurado aos quartos-de-final na qualidade de vencedor do Grupo “C” fica à espera de quem sair pela frente no duelo entre o segundo classificado do Grupo “A” com quem terminar em terceiro lugar no Grupo “B”.
Finalmente, o vencedor do Grupo “D” joga com a equipa que for vitoriosa entre o segundo classificado do Grupo “B” com o terceiro classificado do Grupo “A”.
Os vencedores dos quartos-de-finais avançam para as meias-finais e garantem, desde logo, uma vaga no torneio intercontinental de qualificação para o Campeonato do Mundo da FIBA da Alemanha-2026.
Os derrotados, por sua vez, batem-se por uma melhor classificação do quinto ao oitavo lugar.
Para o acesso à final, a ordem dos jogos das meias-finais coloca o vencedor do jogo que envolve os líderes dos grupos “A” e “D” com quem ganhar o embate que opõe os vencedores dos grupos “C” e “B”.
A mesma ordem é usada no primeiro cruzamento das classificativas do quinto ao oitavo lugar envolvendo os derrotados dos quartos-de-final.
Este modelo permite que cada equipa faça um mínimo de três jogos e um máximo de seis, isto se chegar à final depois de passar pela eliminatória de acesso aos “quartos”, porque, se tal não acontecer, fará somente seis partidas.
No modelo que esteve em uso até 2017, cada equipa fazia de sete a oito jogos.
JOGOS DE HOJE
1.ª JORNADA
GRUPO “C”
Senegal-Guiné-Conacri (13.30 horas)
GRUPO “D”
Nigéria-Ruanda (16.30 horas)
GRUPO “A”
Costa do Marfim-Egipto (20.30 horas)
GRUPO “B”
Mali-Sudão do Sul (23.30 horas)