Passam amanhã, 2 de Setembro, justamente 18 anos após o trágico acidente de viação que ceifou a vida do talentoso futebolista internacional moçambicano Fernando Paulo Matola, mais conhecido por Nando Matola nos meandros desportivos, naquele que é um dos episódios mais tristes da história do nosso futebol.
Nando encontrou a morte após despiste, seguido de um violento choque em duas árvores, o que provocou chamas que reduziram a cinzas a viatura em que vinha se transportando com a sua família, na região de Modjadjiskloof, província de Limpopo, na África do Sul, a 2 de Setembro de 2007.
O acidente tirou também a vida da sua esposa Sheila Mavila, filhos Paula Sheila Matola e Fernando Matola Jr., então com apenas seis meses de vida. Uma família inteira viu os sonhos precoce e tragicamente interrompidos!
Na altura, Nando Matola, que saía do Limpopo para Maputo, em resposta a uma convocatória da Selecção Nacional, que a 8 de Setembro desse ano jogaria na Tanzania para as eliminatórias de acesso ao CAN-2008, tinha apenas 25 anos e militava para os sul-africanos do Black Leopards, onde já tinha o estatuto de capitão da equipa.
O ex-atleta foi homenageado antes e depois desse embate, que decorreu na capital tanzaniana, Dar-Es-Salam, pelos colegas e “staff” da Federação Moçambicana de Futebol, para além da comunidade moçambicana naquele país vizinho, num dia em que Moçambique venceu por 1-0, com o golo madrugador do capitão Tico-Tico, que após marcar apontou para o céu.
Incrédulos e inconformados ficaram os seus colegas, amigos, familiares e uma legião de simpatizantes moçambicanos e sul-africanos, estes últimos que compareceram em peso e conduziram a cerimónia das exéquias de um promissor defesa polivalente que se fosse vivo a 9 Agosto último teria completado 43 anos.
Nando e a sua família foram subitamente tomados pela morte, depois de terem passado por um local errado e numa hora errada, na estrada Tzaneen-Ly-Denburg, onde em sua homenagem hoje ostenta o seu nome.