A Black Bulls realiza hoje o seu único treino em Uyo, cidade nigeriana onde amanhã defronta o Rivers United, em partida decisiva da segunda “mão” da última eliminatória de acesso à fase de grupos da Liga dos Campeões Africanos. A sessão, marcada para o Estádio Godswill Akpabio, servirá essencialmente para a adaptação ao relvado e às condições do recinto, depois de uma longa e desgastante viagem desde Maputo que durou cerca de dia e meio.
A equipa moçambicana chegou à Nigéria na noite de ontem, com um grupo composto por 19 jogadores, e terá de ajustar-se rapidamente ao ambiente local, já que o jogo foi antecipado para amanhã, às 17.00 horas de Maputo (menos uma na Nigéria). A alteração do calendário, solicitada pelo Rivers United e aprovada pela CAF, reduziu para apenas uma sessão o período de preparação dos “touros” em solo nigeriano.
No treino desta tarde, o técnico Hélder Duarte pretende avaliar o estado físico dos seus atletas, sobretudo de Rume, Hammed e Diallo, que viajaram com ligeiras mazelas. O treinador mostra-se, no entanto, confiante na recuperação dos jogadores e na capacidade do grupo para manter a vantagem conquistada no jogo da primeira “mão”, disputado no Tchumene, onde os campeões nacionais venceram por 1-0.
A única ausência confirmada é a do defesa internacional moçambicano Domingos Macandza, lesionado no jogo de ida e substituído por Celton, que deverá ocupar a posição no onze inicial. Apesar da contrariedade, a equipa mantém-se focada em garantir a inédita presença na fase de grupos da mais prestigiada competição africana de clubes.
Com a vantagem mínima, a Black Bulls precisa apenas de um empate para seguir em frente ou, na pior das hipóteses, poderá perder pela diferença mínima desde que marque golos fora. Uma derrota por 1-2 ou 2-3 também garante o apuramento, enquanto um 0-1 levaria a decisão para as grandes penalidades.
O jogo de amanhã marca o regresso dos “touros” ao Estádio Godswill Akpabio, onde em Janeiro defrontaram o Enyimba para a Taça CAF, numa partida que terminou com derrota por 1-4. A equipa acredita, contudo, que desta vez o desfecho poderá ser diferente. Uma eventual qualificação representaria um marco histórico para o futebol moçambicano e renderia à Black Bulls um prémio de 700 mil dólares (cerca de 45 milhões de meticais), atribuído pela CAF às formações que atingem a fase de grupos.


