Falta menos de um mês para o início do CAN, a maior prova de futebol africano a ter lugar de 21 de Dezembro a 18 de Janeiro em seis cidades do Marrocos, nomeadamente Rabat, Casablanca, Agadir, Marraquexe, Tânger e Fez.
Moçambique avançará para a sexta participação, depois de estar presente no Egipto-1986, África do Sul-1996, Burkina Faso-1998, Angola-2010 e Costa do Marfim-2023, sem nunca ter transitado da fase de grupos. No Reino do Marrocos pretende-se abrir uma nova página na história, levando a bandeira nacional a patamares mais elevados. Por sinal, foi em terras marroquinas que deu o pontapé de saída para a sua preparação, realizando dois jogos amigáveis com a selecção da casa (14 de Novembro) e o Chade (17 de Novembro), tendo resultado numa derrota, por 1-0, e empate, a duas bolas, respectivamente. Ora, a primeira etapa da preparação para a prestigiante prova continental permitiu a Chiquinho Conde, seleccionador nacional, tirar ilações em relação, sobretudo, à capacidade de assimilação das variantes do jogo - era esse o principal objectivo - e diga-se que pelas palavras do timoneiro há muito trabalho a fazer.
“Temos de trabalhar imenso o nosso contra-ataque para no futuro ferir os nossos adversários naqueles casos em que os oponentes estão por cima de nós, tendo a humildade de baixar as linhas. Temos de também ter a capacidade de sofrimento e mudar um pouco o “ship” (forma de actuar) naquilo que é a transição defesa-ataque. Essa é a parte mais difícil, mas isso consegue-se com trabalho, mesmo as equipas que trabalham todas as semanas têm dificuldades neste momento do jogo, porque atacar todos o fazem, mas depois no momento de transição ataque-defesa torna-se muito mais complexo. Agora, isto leva tempo”, analisou.


