Em 104 anos de existência, o Desportivo já viveu de tudo. Foi seis vezes campeão nacional (1977, 1978, 1983, 1988, 1995 e 2006), com participações de realce nas Afrotaças, aliás, anote-se que foi um dos primeiros representantes de Moçambique nas competições internacionais de clubes, a par do Maxaquene, em 1979.
Salientar que a distância que separa os “alvi-negros” do último título de campeão é de 18 anos.
O Desportivo é dos clubes mais populares do país e esteve presente em quatro fases decisivas do “Nacional” nos primeiros cinco anos da independência, ficando de fora da fase final em 1979. Mas, depois do quarto lugar na fase final de 1982, ganhou, sem uma única derrota, o primeiro campeonato no modelo clássico de todos-contra-todos, em duas voltas no ano seguinte, tendo na equipa o melhor marcador da prova (Amade Chababe Amade) com 27 golos, recorde longe de ser batido, até ao momento.
Também conquistou a prova em 1988 e, em 1995, quando menos se esperava, com uma “equipa de meninos”, Tico-Tico incluso, ganhou o campeonato. Passaram desse ano até à conquista do campeonato seguinte (2006) 11 anos.
Os “alvi-negros” podiam e porque tinham tudo para isso, conquistar o troféu de 2009, que acabou indo à vitrina do Ferroviário de Maputo, se não fosse aquele episódio do golo de Jerry, em fora-de-jogo de “quilómetros”, no empate a um golo, sem esquecer do impedimento incompreensível para a utilização do criativo Nelson Ubisse.
A partir daí, a folha de desempenho do Desportivo conheceu uma queda vertiginosa, que culminou com a primeira descida de divisão em 2012. Era o princípio dos momentos delicados de um “colosso”, que voltaria a quedar-se em 2016 e assim como em 2021, estando, presentemente, em situação bem pior que as anteriores.
