A Associação Black Bulls, campeã nacional, e o Ferroviário de Maputo, vencedor da Taça de Moçambique, estão bem encaminhados no processo de licenciamento de clubes para as competições africanas da edição 2025-26, que arrancam em Agosto.
O licenciamento para as Afrotaças está aberto desde finais de Abril e prolonga-se até 16 de Junho, sendo que o clube que não reunir toda a documentação necessária, isto é, que não preencher os requisitos, fica automaticamente excluído da competição que pretende disputar.
Para o caso da Black Bulls, que vai representar o país nas eliminatórias de acesso à Liga dos Campeões Africanos, o processo está numa fase avançada, segundo o director Dino Dulá.
O clube, conforme afiançou, já submeteu a documentação necessária, mas reconheceu que o processo é complexo e longo, obedecendo várias etapas.
Mesmo assim, o dirigente garante que neste momento o emblema de Tchumene tem 80 por cento dos requisitos reunidos, prevendo que até 31 de Maio corrente esteja tudo concluído.
“Não é um processo fácil. Requer paciência e domínio da plataforma e reunir toda a documentação solicitada, sob o risco de penalização”, frisou.
O licenciamento para as Afrotaças obedece a cinco critérios obrigatórios e mais dois facultativos. Os critérios obrigatórios são: desportivo; infra-estrutura, legal, administrativo e financeiro. Os facultativos são comunicação/imagem e marketing.
O sorteio para as provas da CAF está previsto para Julho, sendo que em Agosto iniciam as fases preliminares. A Black Bulls, depois de ter estado na fase de grupos da Taça CAF no ano passado, poderá começar da segunda eliminatória.
Os “touros” vão representar o país no acesso à Liga dos Campeões Africanos pela segunda vez na sua história, após presença na época-2022-23, quando foram afastados pelo gigante angolano Petro de Luanda
JOGOS NO TCHUMENE
A questão que nunca se cala quando se fala do licenciamento para as competições africanas tem que ver com os campos, numa altura em que a Confederação Africana de Futebol (CAF) tem sido cada vez mais exigente.
Tal como no ano passado, nas eliminatórias de acesso à Taça CAF, a Black Bulls pretende fazer a fase preliminar no seu campo, no Tchumene, assim como a fase de grupos, se lá conseguir chegar.
“Estamos a fazer de tudo para termos os jogos no nosso campo, quer da fase preliminar, assim como a de grupos. Acredito que até ao arranque das provas, em Agosto, muita coisa terá melhorado no nosso campo, provavelmente já com iluminação montada”, esclareceu Dulá.
No ano passada, os “touros” fizeram as duas eliminatórias da fase preliminar no Tchumene, com o Alizé Fort, das Comores, e AS Otohô, da República do Congo, mas não admitiu a Lalgy Arena para a fase de grupos, tendo os campeões nacionais levado os seus jogos para o Estádio Nacional do Zimpeto (dois) e Estádio Internacional do Cairo (um).
