União Desportiva do Songo, Black Bulls, Costa do Sol, Ferroviário de Maputo, Ferroviário de Nacala, Ferroviário da Beira, Ferroviário de Nampula e Chingale de Tete irão receber, a qualquer momento, fundos de solidariedade da FIFA em virtude de já terem tido jogadores ao serviço das selecções nacionais na presente campanha de qualificação para o Mundial-2026.
Denominado Programa de Benefício aos Clube (CBP, sigla em inglês), o fundo tem um valor recorde de 355 milhões de dólares para serem distribuídos por clubes de seis confederações-membros da FIFA que tenham fornecido jogadores às selecçōes na presente corrida ao Mundial do próximo que terá lugar nos Estados Unidos, México e Canadá.
Esse dado animador foi avançado ontem pela FIFA, com o presidente Gianni Infantino a esclarecer que o incremento e alargamento do mesmo resulta dos consensos alcançados entre o organismo que dirige e a Associação Europeia de Clubes (ECA).
Anteriormente, esse fundo beneficiava apenas os clubes que tivessem fornecido atletas às selecçōes que chegassem à fase final, sendo que em 2022, foram disponibilizados 209 milhões de dólares.
E porque Moçambique nunca esteve numa fase final de um Mundial, esta será a primeira vez que os clubes nacionais irão receber esses fundos.
Os 355 milhões são um valor recorde nesta que será a quinta vez que o fundo será disponibilizado, o que corresponde uma subida na ordem dos 70 por cento.
Entretanto, o critério de distribuição pelos clubes e a sua abrangência não ficou claro no comunicado da FIFA, sendo que no caso de Moçambique há clubes que já forneceram atletas que estiveram na convocatória, terminando no banco como suplente não utilizados.
Entretanto, a União Desportiva do Songo, a Black Bulls e o Costa do Sol são os clubes com mais atletas utilizados.
No caso do Songo e Costa do Sol, para além de fornecerem jogadores aos “Mambas”, de Novembro de 2023 (início da fase de qualificação) a esta parte viram os seus jogadores convocados para as selecçōes do Malawi, Zâmbia e Zimbabwe.
As datas do início da distribuição dos valores serão anunciados brevemente pelo organismo reitor do futebol mundial, mas o que é certo é que esse fundo é uma lufada de ar fresco para os clubes moçambicanos, na sua maioria, deficitários.
