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REPORTAGEM

SONGO TERÁ NOVO CAMPO JÁ NO MOÇAMBOLA-2026

O grande projecto visando a requalificação das infra-estruturas da União Desportiva do Songo (UDS) e construção de novas já está em marcha.

A empresa patrona do clube, a Hidroeléctrica de Cahora Bassa (HCB), acabou de aprovar, no dia 30 de Outubro, um dos quatro projectos integrantes do projecto-mãe visando a requalificação do Campo Norte, cujo concurso público foi lançado no dia 3 deste mês, pela HCB, para a adjudicação da obra ao empreiteiro que reunir as melhores condições para tal.

O empreiteiro deverá ser conhecido ainda este ano, e as obras de requalificação do campo Norte, que actualmente é usado para treinos, iniciarão de imediato.

A data limite para a manifestação de interesse e entrega das respectivas propostas pelos concorrentes para a pré-qualificação terminou na passada terça-feira, dia 11 de Novembro. O empreiteiro deverá ser conhecido até Dezembro próximo.

As obras compreendem a construção de bancadas e edifício de apoio, mais a vedação do campo, que terá medidas oficiais para acolher jogos sob a égide da Federação Moçambicana de Futebol (FMF), com destaque para o Moçambola, e um piso de relva natural que será melhorado internamente com a capacidade instalada no clube.

O custo das obras será definido com base nas propostas que forem apresentadas.

O presidente da UD Songo, Francisco Xavier, destacou que é desejo do clube entrar para a próxima época com o campo requalificado por forma a alimentar as suas ambições como um dos grandes clubes de Moçambique.

Francisco Xavier avançou que pela natureza do projecto, que não é tão estruturante, o clube vai pedir que as obras sejam executadas por um período máximo de seis meses, o que pressupõe que as mesmas poderão iniciar a partir de Janeiro próximo para permitir que pouco depois do arranque do Moçambola-2026 a UD Songo possa já usar o campo.

Falando das ambições da colectividade, que está embalada no Moçambola-2025, Xavier realçou que o clube quer se posicionar ao nível das Afrotaças com a participação regular nessas competições e presença na fase de grupos, mas também ao nível da formação com o projecto também na manga  nesta área para a pesquisa,  selecção e lapidação de talentos.

O emblema quer também abraçar outras modalidades como futebol de salão, basquetebol, atletismo e andebol.

“Como já disse anteriormente, a UD Songo não é neste momento um clube rentável. Não produz receitas próprias para cobrir qualquer investimento. Portanto, está sempre dependente do financiamento de patrocinadores”, lamentou.

Salientar que a agremiação tem, para além dos projectos de requalificação dos campos Norte e Sul, mais a formação e a construção do lar de atletas, onde será hospedada a equipa em caso de estágios, poupando receitas. O lar dos atletas, que é praticamente um centro de estágio, vai acomodar também o projecto de formação, acomodando os petizes que serão seleccionados para a sua lapidação nas escolas da UD Songo.

OBRAS NÃO CONDICIONARÃO AS ACTIVIDADES DO CLUBE

O presidente da UD Songo tranquilizou os adeptos do Songo e o público, no geral, que o investimento em infra-estruturas não vai condicionar as actividades do clube e o seu estatuto de concorrente assíduo aos títulos das principais provas nacionais, nomeadamente o Moçambola e Taça de Moçambique, isto porque os “hidroeléctricos” têm dois tipos de orçamento.

O primeiro, para o funcionamento, que abrange actividades de rotina e participação nas competições nacionais, e outro de investimento.

“Neste caso concreto, uma vez que o campo pertence à HCB, este é um investimento que a empresa está a fazer nas suas infra-estruturas para o clube”, esclareceu.

REABILITAÇÃO DA QUADRA PRINCIPAL PASSO SEGUINTE

Com o campo Norte requalificado, o principal (Sul), que actualmente acolhe os jogos do Moçambola, passará a servir para treinos e futuramente será alvo de intervenções para também hospedar provas  internacionais, uma vez dotado de dimensões emanadas pela FIFA que lhe permitirão receber, por exemplo, as partidas das Afrotaças.

“Como se pode ver, a vedação está degradada, as estruturas das bancadas também estão fragilizadas, porque foram construídas de forma provisória e já passam mais de 10 anos. Então, antes que aconteça algo grave, temos de tomar medidas”, referiu.

Com a também requalificação do campo principal, a UD Songo espera, a curto ou médio prazo, trazer na vila do Songo competições africanas atendendo igualmente a sua grande ambição de ser participante assíduo nas Afrotaças.

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