O fabuloso lateral esquerdo Paíto é produto do Clube de Desportos da Maxaquene. Nasceu e cresceu lá como futebolista. A sua ascensão foi rapidíssima. Vejam só que em 1994 era um fedelho imberbe que brigava por um lugar nos infantis, mas seis anos depois já tinha explodido na equipa sénior, ao ponto de atrair a cobiça do Sporting CP, graças à visão cirúrgica de Hilário da Conceição que aconselhou o clube de Alvalade a andar atento ao rapaz, tido como o Roberto Carlos de Moçambique.
Em 2000, os “leões” vieram jogar no campo do Maxaquene. Confirmaram as qualidades no miúdo, que por acaso jogou a extremo, sob ordens de Artur Semedo. Até queriam levá-lo no mesmo voo para Lisboa, mas não havia como fintar a burocracia dos processos de emigração. O jogador teve de ficar mais um penoso mês. Na verdade, Maputo só tinha o seu corpo. A cabeça, essa, já estava em Lisboa.
Mas deixemos que seja o próprio a contar as suas peripécias, que o fizeram passar por Portugal, Espanha, Suíça, Roménia e Grécia.