O seu nome verdadeiro é Alex Raul Sitoe, mas os chineses baptizaram- -no New Chung, já na China, para onde foi viver em regime de internato, como não deixaria de ser, no templo de Shaolin, por 20 longos anos, desde os 5 anos. Nasceu em 1979, em Chicumbane, Gaza, mas cedo abandonou a sua terra natal, com a permissão dos seus pais, já falecidos. Com passagem pelo Canadá, onde-se formou em Gestão de Empresas, a epopeia de New Chung o traria de volta a Moçambique, acidentalmente quando estava com uns missionários canadianos a fazer filmagens que escalaram Cape Town e Moçambique, donde nunca mais saiu, salvo em viagens de turismo ao Oriente e Ocidente. É que, uma vez em Moçambique, acidentes de percurso motivaram-no a fazer crescer em si o sonho de usar as técnicas de luta corpo a corpo que domina como ninguém para ser útil à Nação, um sonho que perseguiu até conseguir, sendo hoje formador das Forças Especiais, com a responsabilidade de seleccionar o candidatos ao curso básico da Polícia, formar esse candidatos a formadores.
NO TEMPO DE SHAOLIN DURANTE 20 ANOS
– “Em 1984 os meus pais, que eram agricultores e trabalhavam com chineses, não tinham condições de cuidar de mim. Era um tempo de guerra civil e um casal de chineses pediu aos meus pais para me deixarem ir com eles para a China e eles aceitaram”, conta New Chung. – “De facto, os chineses levaram-me para a cidade de Hainan e me puseram no templo de Shaolin para ser educado como uma criança chinesa. Não é um tempo onde se forma apenas luta, Kung Fu em particular, mas é uma formação global como pessoa. Fazia-se juramento e tu entravas e não conhecias o mundo exterior. Ficámos lá a treinar Kung Fu, nas suas mais diversas vertentes, com outras actividades complementares, como agricultura”, revela.