Sim! Do sonho a pesadelo! Era de facto um grupo difícil em que Moçambique estava in-tegrado nele no Torneio Pré-Olímpico Mundial em basquetebol sénior feminino. A Série “A” congregava equipas do topo mundial.
Estar diante dos EUA, Sérvia e Nigéria tornava a missão do combinado nacional deveras espinhosa. Mas como não se pode dar as costas a uma ba-talha, principalmente quando a tal peleja pode levar o grupo à glória! Moçambique colocou a fasquia bem elevada para lutar por uma inédita vaga nos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020. Sabia que uma vitória na es-treia transformaria o sonho em realidade.
Sem freios, depositou-se total confiança a um conjunto que até tem força de vontade, trabalha arduamente, mas está a milhas de todos adversários que participaram da derradeira fase de qualificação às olimpíadas que ontem terminou. E com ele terminou igualmente o sonho de estar nas olimpíadas pela primeira vez, transformando-se em pesadelo! Se quisermos ser mais pragmáticos, concluiríamos que a utopia esfumou-se na jornada inaugural diante da Nigéria. Entretanto, não foi apenas a modalidade de bola ao cesto que baqueia. É que o Comité Olímpico de Moçambique tinha o sonho de ter a maior delegação de todos os tempos em Tóquio. Para efeito, depositava muitas esperanças na Selecção Nacional sénior feminina, que até esteve próximo de lograr o feito e ter a primeira modali-dade colectiva em olimpíadas.
Chegar ao Torneio Pré-Olímpico Mundial e disputar diante da Nigéria – bicampeã africana e sem derrota com equipas africanas há cinco anos -, da Sérvia (anfitriã e bronze no Eurobasket), EUA (campeã mundial e olímpica) colocou os amantes e simpatizantes da modalidade a sonhar alto. Não era para menos, estar entre as 16 melhores selecções do mundo e a uma vitória (teoricamente) das olimpíadas animaria até aos mais pessimistas.
Mas era preciso ter os pésassentes no chão. Elevou-se muito alto o sonho nacional – compreensível pela iminente qualificação – mas era preciso saber igualmente que o combinado nacional era a equipa mais fraca da prova, sem des-primor ao talento das nossas atletas e da equipa técnica.
Para contrariar estas adversidades, a equipa técnica solicitou a recémempossada Federação Moçambicana de Basquetebol (FMB) um está-gio internacional. O pedido de Leonel “Mabê” Manhique e Deolinda Ngulela foi respondido com um estágio de 10 dias na Turquia nas vésperas da competição. A derradeira preparação contou apenas com as atletas que militam em Moçambique. As que evoluem na Espanha juntaram-se ao grupo na Sérvia, enquanto as que jogam nos EUA, mais uma vez, não puderam integrar a equipa de todos nós por imperativos académicos.
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