A cidade de Maputo e as províncias de Gaza, Inhambane, Sofala, Manica e Nampula são as que tradicional e regularmente movimentam o boxe pelo país, sendo que Tete, Zambézia ou Cabo Delgado esporadicamente têm tido alguns focos desta disciplina desportiva, não mais do que isso. Já no Niassa e na província de Maputo quase que não se fala desta modalidade, a única que até ao momento garantiu uma vaga nos Jogos Olímpicos Paris-2024.
Em comum, neste momento, é que em quase todas as províncias o boxe está parado, quase que moribundo, à excepção da cidade de Maputo que tem vindo a movimentar provas com alguma regularidade, pelo menos do ano passado a esta parte. Aliás, a Associação de Boxe da Cidade de Maputo (ABOCM) tem explorado datas festivas, como feriados nacionais para organizar torneios de rodagem.
A capital do país tem também a vantagem de ter muitos núcleos e clubes a movimentarem seriamente a “nobre arte”, como são os casos das academias Lucas Sinóia, Nhiuane, Força Jovem, Watch António, Ferroviário, Matchedje ou Estrela Vermelha. A competitividade cresce a cada ano, pois surgem sempre novos actores, sendo que a proximidade com os centros de decisão também motiva os atletas, pois estão cientes de que a qualquer momento podem ser chamados à Selecção Nacional. Selecção que nos últimos tempos tem tido resultados animadores nas provas internacionais.