O período pós-Independência Nacional (25 de Junho de 1975) veio abrir uma nova página no desporto com a emigração de dezenas de futebolistas para o estrangeiro com Portugal e África do Sul a serem os destinos prediletos. Mas como em tudo na vida, no futebol, nem todos tiveram ou tem tido igual destaque. Os goleadores, sobretudo, são os que mais saltam à vista por terem esse dom para decidirem jogos. Neste quesito, Chiquinho Conde e Dário Monteiro são os que de longe mais se evidenciaram e detém um registo de golos sem igual quando comparados com os restantes compatriotas que atravessaram estradas, mares e oceanos após Moçambique ter sido proclamado uma nação independente.
Ora, a presente época 2024-2025 tem se revelado muito proveitosa para alguns dos jogadores nacionais e até a uma marca que “caiu” após 20 anos. O avançado do Chemie Leipzig, Stanley Ratifo, é o autor da proeza. Com o golo marcado ao Viktoria Berlim na ronda 30 da Quarta Divisão da Alemanha, realizada a 21 de Abril, passou a somar oito golos, estando a apenas dois de chegar os dois dígitos, ou seja, de chegar aos 10 golos, número alcançado por um grupo restrito de jogadores. Além de Dário Monteiro e Chiquinho Conde, que já marcaram dez ou mais numa época, apenas Reginaldo Faite conseguiu esse feito. Aliás, Reginaldo foi o último a alcançar na época 2018-2019, quando ao serviço do Kukesi, da I Liga da Albânia, apontou 20 golos. De lá para cá nunca mais um futebolista nacional cometeu a proeza de fazer balançar as redes por 10 ou mais ocasiões.
Voltando ao período actual, a época tem sido extraordinariamente boa para o atleta, nascido em Halle an der Saale, na Alemanha. Ratifo chegou mesmo a liderar a lista dos melhores goleadores após ter marcado quatro golos nas primeiras quatro jornadas. Na primeira apontou um na vitória ante o Babelsber (1-0). Na segunda “bisou”no triunfo (3-1) ante o ZFC Meuselwitz. Ficou em “branco” na terceira ronda, mas na quarta voltaria a marcar diante do BFC Dynamo (1-0). As boas exibições fizeram com que o Chemie Leipzig estivesse na liderança e zona de promoção à Liga 3, mas depois deu-se um “apagão” com o nº 9 a ficar seis jornadas sem marcar.
Na 12ª jornada haveria de fazer as “pazes” com a baliza, marcando dois golos ante o Eilenburg (2-1). Seguiu-se um “jejum” ainda maior de 10 jogos sem marcar. Visto como uma espécie de salvador da pátria, a falta de golos de Ratifo coincide, sempre, com a fase mais critica do Chemie Leipzig. Só na 22ª jornada regressaria aos golos, contribuindo na vitória (3-1) frente ao Hertha 03 Zehlendorf. Foi o sétimo tento, que viria a chegar aos “históricos” oito, conforme referido, na 30ª jornada, diante do Viktoria Berlim (4-0).
Com mais três jogos pela frente, o avançado dos “Mambas” pode chegar aos 10 golos ou até ultrapassar.
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