RAIMUNDO ZANDAMELA, em Bloemfontein
A Selecção Olímpica de Futebol de Moçambique empatou sem golos, esta tarde, frente às Maurícias, em partida da segunda jornada da 24.ª edição da Taça COSAFA.
Este resultado deixa Moçambique na liderança provisória do Grupo “A”, com quatro pontos.
As Maurícias ocupam a segunda posição com dois pontos, seguidas pelo Zimbabwe com um ponto, enquanto a África do Sul permanece sem qualquer ponto na última posição.
Moçambique definirá a sua passagem para as meias-finais na última jornada, uma vez que Zimbabwe e África do Sul defrontam-se neste momento, no último embate da jornada. O próximo desafio da selecção será na terça-feira, dia 10 de Junho, contra o Zimbabwe, às 15h00, no Toyota Stadium, em Bloemfontein, África do Sul.
De acordo com o regulamento da Taça COSAFA, apenas o primeiro classificado de cada grupo avança para as meias-finais, onde o líder do Grupo “A” defrontará o vencedor do Grupo “D”.
As hipóteses do combinado nacional seguir para as meias-finais dependem do resultado do jogo entre Zimbabwe e África do Sul. Se Moçambique vencer o Zimbabwe na próxima jornada, garantirá a sua passagem independentemente do resultado do jogo entre Zimbabwe e África do Sul. Contudo, um empate ou uma derrota exigiria que a selecção moçambicana torcesse por uma vitória da África do Sul para garantir a primeira posição da série. A situação é, portanto, delicada, mas as probabilidades estão a seu favor se mantiverem o nível de desempenho demonstrado nos dois jogos.
DOMÍNIO E EFICÁCIA
Para a partida desta tarde, o técnico Eduardo Jumisse não contou com Alcídio no “onze” inicial, mantendo os restantes jogadores utilizados na primeira jornada. Por sua vez, o treinador francês das Maurícias, Guillaume Moullec, fez sete alterações em relação ao jogo anterior.
Moçambique iniciou o jogo com uma postura mais solta, controlando a posse de bola e criando várias oportunidades, embora esbarrasse na sólida defesa adversária, com os centrais Collard e Rose a formarem uma barreira difícil de transpor. Nos primeiros dez minutos, a selecção moçambicana mostrou-se dominante, controlando o meio-campo.
O único lance de perigo para as Maurícias ocorreu aos 32 minutos, quando Nolann cabeceou para uma defesa crucial de Acácio. Apesar de mostrar consistência ofensiva, Moçambique não conseguiu concretizar, indo para o intervalo com um desempenho mais ofensivo, mas sem golos.
A MURALHA INSULAR
Na segunda parte, a equipa de Jumisse manteve o ímpeto ofensivo. Com dificuldades em penetrar na defesa adversária, o combinado nacional optou por disparos de longe, mas a defesa e o guarda-redes Jean-Louis impediram a entrada da bola.
Aos 71 minutos, Jumisse fez alterações, introduzindo os avançados Kélvio e Alcídio, o que resultou numa maior pressão sobre a defesa das Maurícias. Aos 70 minutos, Fernandinho, numa jogada combinada, disparou um forte remate que exigiu uma defesa apertada do guarda-redes, que ficou estatelado no chão a recuperar os sentidos.
No geral, Moçambique dominou a partida, mas não conseguiu marcar devido ao excelente desempenho da defesa e do guarda-redes das Maurícias, que foi eleito o melhor em campo.
FICHA TÉCNICA
Campo: Toyota Stadium
Arbitragem: Mweshitsama Naftal auxiliado por Elmahfoudhe Mohamed (Comores) e Hangula Velinoma (Namíbia)
Quarto árbitro: Brihton Chimene (Zimbabwe)
Comissário da COSAFA: Mwansa Kapyanga (Zâmbia)
Acção disciplinar: cartão amarelo para Keyns (Moçambique), Colin (Maurícias)
Moçambique– Acácio, Manuel, Osama, Óscar e Tropa; Keyns, Ezequiel (Kélvio), Sumbane, Fernandinho, Baptista (Alcídio) e Chamito.
Suplentes não utilizados: Fazito, Cremildo, Cantlo, Marty, Lourenço, Valter, Ivan, Leonel, Edson.
Treinador: Eduardo Jumisse
Maurícias – Jean-Louis, Latouchent (Aristide), Collard, Rose e Antoine; Jean (Caliste), Brasse (Robillard) e Colin; Darel, Nolann (Legrand) e Rita (Wilson).
Suplentes não utilizados: Francois, Joseph, Citorah, Darbon, Ferre, Botlar, Michel
Treinador: Guillaume Moullec.