RAIMUNDO ZANDAMELA, EM Bloemfontein
A Selecção Olímpica de Moçambique está bem encaminhada para alcançar as meias-finais da 24.ª edição do Torneio COSAFA, que decorre na cidade sul-africana de Bloemfontein desde o passado dia 4 do corrente mês.
Com efeito, após duas jornadas intensamente disputadas, os “Mambinhas”, que lideram o Grupo “A” com quatro pontos, precisam apenas de vencer amanhã o Zimbabwe ou na pior das hipótese conseguirem um resultado igual ao da África do Sul, que é segundo com três pontos, para disputar pela segunda vez consecutiva medalhas da prova.
A equipa nacional iniciou a prova com uma vitória marcante sobre a África do Sul (1-0), que foi seguida de empate sem golos frente a Maurícias no sábado passado.
Com quatro pontos na tabela, Moçambique segue à frente da África do Sul, que soma três pontos, após vencer o Zimbabwe por 2-0. Maurícias ocupa o terceiro lugar com dois pontos, enquanto o Zimbabwe, com apenas um ponto, está em último. Este cenário, embora favorável, exige que os “Mambinhas” mantenham o foco.
Uma vitória na próxima partida assegura a passagem às meias-finais, eliminando qualquer dependência do resultado do confronto entre África do Sul e Maurícias. Contudo, um empate ou uma derrota poderá complicar as contas, colocando em risco o sonho de classificação.
O empate frente a Maurícias, num jogo onde Moçambique foi superior mas ineficaz, levantou sinais de alerta. Eduardo Jumisse, o selecionador nacional, reconheceu a necessidade de trabalhar o estado psicológico da equipa, destacando que, apesar de algumas falhas, os jovens jogadores têm demonstrado ser a equipa mais consistente do grupo. “Se há uma equipa que merece continuar nesta competição é a que joga de vermelho, calçado preto e meia vermelha, e chama-se Moçambique”, afirmou Jumisse, apelando à confiança e ao espírito combativo dos seus atletas.
Os “Mambinhas” têm demonstrado qualidade ao longo da competição, sendo a equipa mais consistente do grupo, sobretudo pela vitória frente à África do Sul, uma das selecções mais fortes da região. Contudo, a margem de erro é mínima. Um deslize pode custar caro, especialmente num grupo tão equilibrado, onde todas as selecções ainda têm hipóteses matemáticas de lutar pela qualificação.