NARCISO NHACILA, em Abidjan
A Nigéria conquistou ontem o seu quinto título consecutivo de campeão de África em basquetebol sénior feminino ao vencer o Mali, por 78-64, em jogo da final da 29.ª edição do Afrobasket que vinha decorrendo em Abidjan, Costa do Marfim, desde o passado dia 26 de Julho.
Apesar da forte luta dada pelo Mali, indo ao intervalo empatado (41-41), depois de ter ganho o primeiro quarto por cinco pontos de diferença (26-21), as “D-Tigers” começaram a se impor mesmo nos segundos 10 minutos, ao venceram por 20-15, levando o desafio empatado para segunda metade onde foram dominantes.
Ganharam o terceiro quarto novamente por 20-15 e deixaram o resultado em 61-56 e, nos derradeiros 10 minutos, com o Mali já a denunciar desgaste físico, ganharam por nove pontos de diferença (17-8), com o resultrado final a ficar-se pelos 78-64.
Para a vitória nigeriana muito contribuíram a base Amy Okokwo, do clube francês de Tango Bourges Basket com 19 pontos, 12 dos quais ao converter quatro triplos em sete tentados. Ainda juntou nove ressaltos (todos defensivos) e três assuistências.
O outro enorme contributo veio da poste Victoria Macaulay, que marcou 20 pontos.
Apesar da derrota, o Mali deixou boa imagem de si e teve na poste Sika Kone, das espanholas do Club Boloncesto Avenida a sua melhor unidade. Num jogo difícil, Kone fez mesmo um duplo-duplo, com 16 pontos marcados e 13 ressaltos.
Com o triunfo de ontem, a Nigéria completou uma sequência incrível de cinco títulos consecutivos e alargou o seu recorde de invencibilidade para 29 jogos.
A Nigéria foi campeã de África no Mali-2017, Senegal-2019, Camarões-2021, Ruanda-2023 e, agora, na Costa do Marfim-2021. O país reforça o estatuto de segundo maior vencedor do troféu com sete conquistas, depois de Moçambique-2003 e Nigéria-2005.
SUDÃO DO SUL
FICA COM BRONZE
Antes da grande final, o Sudão do Sul completou uma estreia absoluta de sonhos no Afrobasket, vencendo o Senegal por 66-65, no jogo para a atribuição do terceiro lugar e conquistando, por conseguinte, a medalha de bronze.
Depois de perder os dois jogos da primeira fase, no Grupo B, primeiro para o Mali (55-53) e depois para os Camarões (70-63), no “play-off” de acesso aos quartos-de-final levou de vencida o Egipto por 75-65.
Já propriamente nos “quartos”, afastou Uganda por um ponto de diferença (69-68) mas, nas meias-finais, não resistiu ante o poderio do Mali, perdendo por 76-50.
Ontem, conquistou sua primeira medalha no Afrobasket derrotando a equipa mais titulada de África, Senegal (66-65), que já foi campeão por 11 vezes.
Em declínio, esta é a terceira vez em 26 participações no Afrobasket que o Senegal não vai ao pódio. Sempre a terminar em quarto lugar como sua pior classificação, foi assim na Guiné-1966, Camarões-2021 e, agora, na Costa do Marfim.