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OLHOS DE LINCE

O QUE SERÁ DO POVO SEM O SEU ÓPIO?

Romaria aos campos nas tardes soalheiras de sábado/domingo. Carros apinhados de adeptos com bandeiras em punho, trajados a rigor com as camisolas dos respectivos clubes. Dentro das quatro linhas, o ambiente é frenético. Golos, uma jogada e outra de requinte acima da média levam à loucura quem está no campo, ou mesmo vendo pela televisão ou através das imagens radiofónicos (o ouvinte cria uma imagem). Conversas nas esquinas, cafés e bares. As opiniões são díspares, cada um defende com unhas e dentes o seu ponto de vista, quer na projecção de mais uma jornada que aí vem, quer no rescaldo da corrente. Os mais fanáticos levam o debate aos extremos, mas no final fica tudo bem.

Estes momentos são parte dos cenários emotivos, alegres e calorosos que fazem do Moçambola aquela paixão eterna do povo moçambicano. Ora, esses momentos que anualmente alimentam as almas de milhões de moçambicanos de felicidade e emoção ainda não têm data para voltarem a acontecer, mesmo que haja da Liga Moçambicana de Futebol (LMF) e dos clubes vontade imensa de tornarem a disputa do Moçambola em realidade ainda este ano, isto porque a pandemia da Covid-19 tende a aumentar no país e não se vislumbra um início nem para Agosto, conforme estava, em princípio, programado no âmbito da alteração da época futebolística, adequando-a ao modelo em vigor na maior parte dos países africanos. A evolução crescente da doença levou a que o Moçambola não arrancasse a 4 de Abril e o espaço de manobra para Liga Moçambicana de Futebol para viabilizar a realização da principal competição do calendário futebolístico nacional vai ficando mais apertado.

Para que a competição inicie em Agosto, seria sempre necessário realizar uma segunda pré-época nos mês de Julho, o que parece muito curto para que as equipas façam a sua preparação e a LMF crie toda a logística necessária para pôr em marcha o melhor do futebol nacional já em Agosto. Aliás, falando à nação moçambicana, o Presidente da República, Filipe Nyusi, deixou claro que o número crescente de casos levaria à adopção de medidas mais rígidas, e pelo evoluir da situação, sem querer ser pessimista, tudo leva a crer que o pontapé de saída não é para tão já.

Ivo Tavares
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