O presidente do Matchedje, coronel Patrício Canda, lamentou o facto de a imagem do histórico clube militar estar a ser beliscada por falta de atenção de quem de direito, referindo-se implicitamente ao Ministério da Defesa Nacional (MDN) e ao Estado Maior-General das Forças de Defesa de Moçambique, patronos da colectividade.
Desapontado com os últimos acontecimentos, que ditaram a despromoção já anunciada do Matchedje do Moçambola-2023, o dirigente defende que só um novo modelo de gestão pode mudar o rumo do clube, o que passa por uma grande reflexão da “família militar”, desde a base até ao topo e que deve culminar com a mudança dos actuais estatutos da colectividade.
Na entrevista que se segue, Patrício Canda fala do percurso que ditou o regresso do Matchedje ao Moçambola 10 anos depois e a sua descida precoce. Lança propostas que devem ser debatidas pelos sócios do clube, que abrangem os vários ramos da Defesa, na próxima assembleia-geral, que vem sendo adiada desde Junho último.
Canda deseja que a assembleia aconteça antes do final do ano. Para além da eleição de novos corpos gerentes, a reunião magna vai reflectir sobre a vida do clube que se tornou vulnerável pouco depois da mudança do sistema político e económico com a introdução do multipartidarismo em 1990, e da economia de mercado. Foi coincidentemente em 1990 que o Matchedje conquistou o segundo e último título nacional. Sagrou-se pela primeira vez campeão nacional em 1987.
