Jornal Desafio
ENTREVISTA

TENHO NOÇÃO DO TAMANHO DAS SAPATILHAS QUE PASSAREI A CALÇAR

Chama-se Zinóbia Dulce Machanguana e nasceu há 43 anos. Com carreira basquetebolística dividida entre Moçambique e EUA, pertenceu a uma das gerações que se destacou no basquetebol feminino nacional, entre as quais Nádia Rodrigues, Ana Branquinho, Dilar Dissai, Carla da Silva, Iracema Ndauane, Ondina Nhampossa, Ana Flávia, Deolinda Ngulela, Rute Muianga, Anabela Cossa, Deolinda Gimo, Odélia Mafanela (estas últimas já na sua fase de retirada das quadras). Aliás, não fosse ela oriunda duma família de desportistas, onde figura a irmã mais velha, a Clarisse Machanguana, como expoente máximo.

 

Por isso Zinóbia Machanguana conhece a realidade do basquetebol, associado aos ares de liderança, condições que pesaram para a sua nomeação para o cargo de responsável pelo Departamento de Basquetebol do Clube Ferroviário de Maputo, posto no qual a antiga capitã diz estar preparada para manter e catapultar o crescimento da modalidade nos “locomotivas” da capital. Usa uma metáfora para descrever que está habilitada para assumir a pasta de “boss” dum dos departamentos mais carismáticos dos “locomotivas”.

APRENDI MUITO COM O… ISIDRO!

– “Percebo a magnitude desta posição que me foi indicada, de responsável pelo Departamento de Basquetebol do Ferroviário de Maputo, e tenho a noção do tamanho das sapatilhas que terei de calçar, antes muito bem calçadas por um grande homem, o Isidro Amade. Nos anos em que esteve a dirigir o mesmo departamento ele fez um trabalho extraordinário e que está bem patente. Aprendi muito com ele e posso garantir que estou preparada para herdar a casa e continuar com a obra. Mas ao mesmo tempo quero reconhecer que existe um leque de pessoas na própria Direcção do Ferroviário, na Direcção dos Caminhos de Ferro de Moçambique, nos ex-desportistas ou atletas do Ferroviário e nos meandros do basquetebol no geral que poderiam muito bem desempenhar esta função e serem nomeados para este lugar. Portanto, é uma honra para mim chefiar este departamento e não tenho medo de desafios. Este é um desafio para mim e para muitas pessoas que estão cheias de expectativas para ver o trabalho a dar frutos. O que me resta é trabalhar. Tenho atrás de mim uma equipa de trabalho competente, em quem confio plenamente”, frisa.

Por: GILBERTO GUIBUNDA
Fotos do CFvM

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